jueves, octubre 20, 2005

Curiosidade

Entre tantas outras "assignaturas" maravilhosas, dei por mim a fazer uma cadeira que se chama "Temas Actuales en Dirección Financiera". "Financiera", para os mais despistados, significa "Financeira". (Só reforcei esta ideia porque, na verdade, são palavras bastante distintas.)
Financeira, a mim, faz-me lembrar duas coisas. A primeira é uma vez em que ia de carro e me vomitei todo. A segunda é a nossa querida e tão apreciada Contabilidade Financeira. E esta, por sua vez, faz-me lembrar o Não-Me-Batas. E este, por sua vez, faz-me lembrar os típicos "'Tá bom?", "'Tá Bem?", "Há dúvidas até aqui?" e afins.
Qual não foi, portanto, o meu espanto quando, num dia em que prestei mais atenção à"assignatura" acima referida, ouço a professora repetir inúmeras vezes expressões como "¿De acuerdo?", "¿Vale?" e "¿Lo estan entendiendo?".
Achei piada a esta curiosidade, pelo que resolvi partilhá-la convosco. Deixo também um esquema de todo o raciocínio lógico que fiz para chegar a estas conclusões - para aqueles que não entenderam, para os que querem ficar mais exclarecidos ou para os que não têm mesmo mais nada que fazer. "Eis-lo":


Sempre vosso,

Camelo / Talliban


PS: Não referi que "assignatura" é o termo castelhano para a palavra "disciplina" porque me pareceu algo demasiado evidente, dada as semelhanças entre as palavras.

lunes, octubre 10, 2005

A Análise Esperada

Ante Scriptum: Sei que nao era este o post esperado e prometido, mas nao pude deixar de o postar antes do dito cujo, na senda da defesa dos melhores interesses da 10G. Espero a vossa compreensao.

Muitos se perguntarao, ao ler o título deste post, algo como "Qual será a Análise Esperada?". Eu próprio me teria posto esta questao se nao acabasse de sair de uma aula de Dirección Estratégica y Política de Empresas. Mas agora tudo ficou mais claro.

De notar que este post tem um especial interesse para todos quanto frequentem, frequentaram ou pensem frequentar as cadeiras de Marketing, Estratégia e afins.

Durante muitos e longos anos ouvimos falar em SWOT, como sendo o conjunto das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Mas os espanhois - ou melhor, os sul-americanos - foram mais além e descobriram algo com muito mais utilidade: a análise F.O.D.A.! (Pus os pontos para nao se fazer confusao com qualquer outra palavra. Nao os porei daqui para a frente.)

"E sobre que versa a análise FODA?", poderao agora perguntar. Ao que eu responderia: "Porque estao sempre a fazer perguntas?". Depois, num rebate de consciência, vos diria que, basicamente, e como o próprio nome indica, a FODA analisa as fortalezas, oportunidades, debilidades e amenazas de uma pessoa ou instituiçao, nas várias envolventes em que se insere. De facto, uma pessoa introduz-se muitas vezes em ambientes que nao conhece e que lhe podem vir a ser muito hostis. De igual modo, por vezes as empresas penetram em mercados que lhe sao desconhecidos e onde nao têm referências para actuar. E que fazer nessas alturas? Logicamente: uma análise FODA!

De uma maneira breve e resumida, a FODA serve para quase tudo! Auxilia muito qualquer pessoa - desde o mais novo ao mais velho - em qualquer situaçao, em qualquer envolvente, quer quando estamos nos picos do Mundo ou enterrados no maior dos buracos.

Por isso, e com isto me despeço, nao creiam no que vos dizem os professores. A SWOT faz parte do passado! Quando estiverem em apuros, recorram ao que de melhor podem fazer: uma FODA!

Cumprimentos cordiais,

Luis Oliveira


Algumas Notas Acrescentadas a 11.10.05 (depois de mais alguma reflexao e ponderaçao):
1. Agora se entende porque diziam os antigos que uma FODA resolve quase tudo. Na verdade, há que parar para pensar, de quando em vez - e, nesse sentido, nada melhor que uma FODA.

2. Disse, acima, que uma FODA podia ser executada por pessoas ou instituiçoes. Depois de uma mais profunda reflexao, conclui que também é possível que um grupo de pessoas realize uma FODA, com o mesmo tipo de profundidade e objectivos. De facto, a FODA pode ser executada por qualquer pessoa ou grupo de pessoas. Logicamente, os menores nao deverao proceder
à sua execuçao, dada a sua inexperiência no mercado e desconhecimento da envolvente. Os mais velhos, porém, e com ajuda de instrumentos mais recentes - alguns de cor azul -, podem desenvolver uma FODA tao bem como qualquer outro, ou ainda melhor, dado que possuem mais experiência e, logo, mais conhecimento de tudo o que envolve o seu processo de criaçao.

3. Ao contrário do que possa parecer, a FODA é uma coisa séria e necessita ser realizada como tal, isto é, de forma responsável e cumprindo todos os procedimentos recomendados por livros e estudiosos da especialidade.

4. Verifiquem sempre as FODA's que vos sejam apresentadas. Infelizmente, há muita gente que quer enganar todos os outros, dizendo que fez uma FODA e que teve estes resultados - sendo tudo isto inventado. Assim, sempre é recomendado que se peça para ver uma FODA que alguém diz que fez. E, nessa altura, devem confirmar-se se foram cumpridos os procedimentos normais para o real cumprimento dessa análise.

5. Uma FODA - e ao contrário do que se diz por aí - nao se dá: realiza-se, elabora-se, prepara-se. Mas ninguém dá uma FODA... O que, por vezes, acontece é a realizaçao de uma FODA por via de um contrato, isto é, o fulano X contrata o fulanoY para que este lhe faça uma FODA, para si ou para algo ou alguém, a troco de dinheiro ou espécies. De qualquer modo, e por haver esta transacçao, continua a nao poder dizer-se que foi dada uma FODA, mas antes que foi vendida ou comprada.

6. Desconfiem sempre das FODAS realizadas rapidamente, sobre o joelho ou sob pressao. Regra geral, sao FODAS mal executadas e que contém em si demasiados erros ou problemas graves. Como dito anteriormente, a FODA quer-se ponderada e cuidada ao mínimo pormenor.

Uma vez mais, espero ter-vos sido útil no exclarecimento de algumas questoes que acho importantes. (No fundo, tudo isto nao é mais que cultura geral - e todos sabemos que o saber nunca ocupa lugar. Há sempre espaço para uma FODA no nosso conhecimento...)

Luis Oliveira

miércoles, septiembre 28, 2005

Análise Económico-Financeira do Mercado Espanhol

Depois de uma semana e um dia em Orgasmus em Madrid, Espanha, creio que urge fazer, em benefício dos interesses dos membros da 10G, uma análise económico-financeira do mercado em que agora estou inserido.
Fá-lo-ei de vários pontos de vista e de análise, por forma a melhor ser utilizado por cada pessoa.

1. Análise Económica
1.1. Elementos Microeconómicos
1.1.1. A Oferta
Estudámos a oferta em Madrid, numa prespectiva microeconómica, isto é, sectorial, e a título de exemplo, no mercado das lonas. Cedo concluimos que há, em Madrid, uma muito melhor oferta que em Lisboa. Contudo, em Madrid, como em Lisboa, a oferta de lonas não é uma coisa que se possa generealizar: há lonas que são vendidas - e vendíveis - e há lonas que são oferecidas. Há, numa opinião mais subjectiva, muito mais lonas oferecidas na capital espanhola que na sua congénere portuguesa. Há ainda que ter em conta que as lonas madrilenas contém, na sua composição, muito mais aditivos que as portuguesas. Exemplos destes aditivos serão o rimel, o pó-de-arroz, o rouge, o creme Nívea e a água de colónia do Lidl. Há também, como em Lisboa, muitas lonas que podem ser adquiridas com pneus, ainda que em Madrid, em termos percentuais, sejam menos que na capital de Portugal.
1.1.2. A Procura
Ainda não me foi possível efectuar uma análise muito pormenorizada da procura em Madrid. Contudo, e uma vez mais tomando como exemplo o sector das lonas, a procura é extremamente elevada e aguerrida, mor e nomeadamente, das lonas de melhor qualidade. Numa semana de curso intensivo de castelhano, foi fácil de notar que a procura de lonas é elevadíssima, sobretudo, em lonas de qualidade provenientes do leste europeu: espanhois e estrangeiros batiam-se constantemente para terem acesso a este bem.
1.1.3. O Equilíbrio de Mercado
Não há um equilíbrio de mercado. Há muita lona que anda sozinha e muita procura insatisfeita - o que, por sua vez, alimenta outros mercados, como o dos vídeos caseiros e semelhantes.

1.2. Elementos Macroeconómicos
1.2.1. O Mercado de Bens e Serviços
Depois de um estudo e respectiva reflexão, concluí que o Mercado de Bens aqui em Madrid está estritamente associado à elevada presença de sul-americanos nas ruas madrilenas. De facto, o bem mais consumido por aqui provém da América Latina e denomina-se porros. Os porros, segundo soube, chegam a ser consumidos aos 20 por dia e começam a ser consumidos logo às nove da manhã, na cafetaria da minha faculdade. São, muitas vezes, acompanhados por uma mini - compo de plástico com meio litro de cerveja - a qualquer hora do dia. Aos porros, como às minis, estão associados vários serviços: enrolamento de mortalhas, colagem de mortalhas, porros-express (empresa que traz o porro, enrolado e completamente preparado, em tempo record, mas que vende erva de menor qualidade), e afins. Contudo, o mercado dos serviços vive nas ruas da amargura, pois cada consumidor começa a adaptar-se e a produzir, ele próprio, os seus próprios porros, adquirindo tão somente a matéria-prima.
1.2.2. O mercado Monetário
A moeda em vigor em Madrid é o euro. Mas uma pessoa que tenha muitos porros, com um bocadinho de sorte, consegue trocá-los em alguns barros mais obscuros da capital espanhola, em alguma loja sul-americana ou chinesa, por bens de primeira necessidade - no caso dos sul-americanos falamos de comida; no caso dos asiáticos falamos de perfumes, sabonetes, rádios a pilhas e brinquedos de plástico.

2. Análise Financeira
2.1. Taxa de Remuneração Efectiva
Costuma ser alta. Para pessoas que consomem porros é especialente elevada, algures no Nirvana, perto do céu e das estrelas e do Rei Bob, se, claro está, o porro for de qualidade reconhecida. Para os que procuram lonas, a taxa de remuneração não é tão elevada - muitas lonas são adquiridas a elevado custo, não tendo qualidade que o justifique, sendo o preço inflaccionado pela composição elevada de maquilhagem.
2.2. Investimentos
Madrid pode ser uma muito boa cidade para investir. Adequada para investidores experientes - que se não deixariam enganar por uma lona cuja composição fosse, essencialmente, maquilhagem e uma lona de qualidade reconhecida - e para investidores iniciados - que aqui têm hipótese de ter acesso a uma grande oferta, por exemplo, de porros, ganhando logo experiência e curriculo para outros investimentos.
2.3. Acções e Obrigações
Acções não se vêm muitas, por aqui. Principalmente, boas acções. (Ainda assim, há mais boas acções em Madrid que em Lisboa.) Também existem acções ilícitas - provocadas, sobretudo, pelos sul-americanos - e acções de propaganda enganosa - muitas vezes, nas lojas, somos confrontados com cartazes que anunciam Oferta (algo, como se sabe, extremamente apelativo para o povo português) mas que, na verdade, apena significa que estão em saldos, isto é, que seguem sendo caros como o caraças!
Já as obrigações, não são muitas também. Principalmente quando se vem fazer Orgasmus e, nas duas primeiras semanas de aulas, só se têm três horas diárias de Curso de Espanhol. Há, contudo, a obrigação moral de: coçar os tomates, falar alto, limpar o nariz (dedo indicador) e as orelhas (dedo mindinho), no caso dos homens, e falar alto, fazer muitas compras, discutir e regatear preços e puxar os cabelos em caso de discussão, no caso das mulheres. Todas estas obrigações têm como fim único fazer distinguir um português ou portuguesa num espaço onde possam estar muitos espanhois.

3. Notas e Agradecimentos
No decorrer deste trabalho, tive que recorrer a algumas fontes, que me ajudaram na elaboração e redacção desta análise, nomeadamente:
. Jockey (informações sobre o mercado das Lonas, nacional e internacional)
. B (informações sobre os porros, sua qualidade, confecção, elaboração, adequado consumo e respectivos países produtores, bem como, sobre o mercado nacional e internacional)
. Pureza (adaptações da sua obra "Obrigações e bons costumes portugueses em qualquer capital europeia")
. Pinguim, Quirino e Aninhas (investimentos)
. Durona (breves adaptações da sua obra "A experiência de três anos em Madrid")

viernes, septiembre 23, 2005

Finalmente... um Orgasmus!

Já todos sabíamos o que eram os Orgasmus. Víamos os outros fazer. Conhecíamo-los. Falávamos com eles e perguntamos como tinha sido. Todos nos diziam muito bem. E todos nós, na 10G, sempre tivemos muita vontade de fazer Orgasmus também. Infelizmente, nos dois primeiros anos na Faculdade nao no-lo permitiram... Diziam que éramos novos demais para essas coisas! Ainda tentámos argumentar que, ainda que fossemos novos, podíamos fazer Orgasmus tao bem como os mais velhos! Mas de nada nos serviu... Tivemos mesmo que nos contentar com ver os outros a fazer Orgasmus... Iam... Vinham... Depois voltavam a ir... Voltavam a vir... E nós a ver...

Mas agora acabou! Aqui estou eu! A fazer um Orgasmus descomunal! Um ano inteiro de Orgasmus em Madrid! (Hey, Jockey: há montes de lonas aqui! Até te perdias!) Só aqui na minha Faculdade somos mais de 300 a fazer Orgasmus. Todos ao mesmo tempo. Uns durante um quadrimestre e outros, mais corajosos, como eu, que vao tentar aguentar todo o ano em Orgasmus constantes... Nao vai ser fácil! Mas tenho confiança de que vou conseguir!

Já falei com a Coordenadora dos Orgasmus todos para saber como era. Ela, habituada que está a estas lides dos Orgasmus, que entram e que saem e que voltam a entrar e a sair, lá me explicou o que eu devia ter em conta para fazer um Orgasmus à maneira. Tive de preencher uns formulariozitos - acho que para me conhecerem melhor: afinal de contas, nao deixam qualquer um fazer Orgasmus aqui na Faculdade!

Estou a morar com outros dois rapazes. Sao Sul-Americanos, logo, nunca fizeram Orgasmus. Talvez algo parecido. Mas nao um Orgasmus. Ficaram contentes por mim, por saberem que ia estar um ano em Orgasmus. E, digo eu, com uma pontinha de inveja... Acho que muita gente gostava de fazer Orgasmus e nao pode...

E, por último, falta falar dos espanhois, em geral. Todos eles estao muito agradados de nos cá ter - a todos os que viemos fazer Orgasmus. É que, cá em Espanha, também se fazem umas espécies de Orgasmus - mas diferentes. Podemos fazer essas coisas em várias Faculdades de Espanha. Nao sendo um Orgasmus, é parecido. E eles gostam imenso de nos ver por cá, a fazer Orgasmus. Há alguns que nos tentam ajudar. Felizmente, eu domino o Espanhol e desenrasco-me: nao preciso cá de ajudas para os Orgasmus. Mas há sempre aqueles que nao sabem muito bem como se faz e como nao se deve fazer, e entao os espanhois, sempre prestáveis, lá os ajudam e os ensinam...

Pois bem... Nao pensem que esta vida é fácil. Neste momento tenho 3 horas de aulas por dia e consegui adormecer logo no primeiro dia, em plena sala de aula! Os dias difícieis estao a chegar: aqueles em que vou ter quase 4 dias de fim-de-semana, todas as semanas... Uma coisa horrorosa! Mas, para já, tenho de ir fazer a siesta... Sim, porque isto de fazer Orgasmus todo um ano é uma coisa que cansa...

Cumprimentos!

Camelo/Talliban